O que é: Níveis de Intervenção no autismo

O que é: Níveis de Intervenção no autismo

O autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta a comunicação, interação social e comportamento de uma pessoa. É um espectro amplo, o que significa que os sintomas e características podem variar significativamente de uma pessoa para outra. Para ajudar a entender e tratar o autismo, os profissionais de saúde e educadores utilizam diferentes níveis de intervenção, que são estratégias e abordagens adaptadas às necessidades individuais de cada pessoa com autismo.

Nível 1: Suporte necessário

No primeiro nível de intervenção, conhecido como “suporte necessário”, as pessoas com autismo apresentam dificuldades significativas na comunicação social e interação, tanto verbal quanto não verbal. Elas podem ter dificuldade em iniciar e manter conversas, compartilhar interesses e emoções com os outros, e podem parecer desinteressadas ou desengajadas em interações sociais. Além disso, podem apresentar padrões restritos e repetitivos de comportamento, como fixações em objetos ou rotinas.

Nível 2: Suporte substancial

No segundo nível de intervenção, chamado de “suporte substancial”, as pessoas com autismo continuam a apresentar dificuldades na comunicação social e interação, mas de forma mais acentuada. Elas podem ter dificuldade em responder a interações sociais, compreender e expressar emoções, e podem apresentar comportamentos estereotipados mais intensos. Nesse nível, é necessário um suporte mais intenso para ajudar a pessoa a se envolver em interações sociais e desenvolver habilidades de comunicação.

Nível 3: Suporte muito substancial

No terceiro nível de intervenção, denominado “suporte muito substancial”, as pessoas com autismo apresentam dificuldades graves na comunicação social e interação. Elas podem ter uma linguagem muito limitada ou inexistente, dificuldade em compreender e expressar emoções, e comportamentos repetitivos intensos. Nesse nível, é necessário um suporte muito intenso para ajudar a pessoa a se comunicar e interagir com os outros, além de auxiliar na gestão de comportamentos desafiadores.

Abordagens de intervenção

Existem várias abordagens de intervenção que podem ser utilizadas nos diferentes níveis de intervenção no autismo. Algumas das abordagens mais comuns incluem:

Terapia comportamental aplicada (ABA)

A terapia comportamental aplicada, ou ABA, é uma abordagem baseada em evidências que se concentra em ensinar habilidades sociais, de comunicação e comportamentais por meio de reforço positivo e estratégias de modelagem. Essa abordagem é frequentemente utilizada em todos os níveis de intervenção no autismo, adaptando-se às necessidades individuais de cada pessoa.

Intervenção precoce

A intervenção precoce é uma abordagem que visa identificar e intervir nos sinais precoces do autismo o mais cedo possível. Quanto mais cedo a intervenção ocorrer, maiores são as chances de melhorar as habilidades sociais, de comunicação e comportamentais da pessoa com autismo. Essa abordagem é especialmente eficaz no nível 1 de intervenção.

Comunicação alternativa e aumentativa (CAA)

A comunicação alternativa e aumentativa, ou CAA, é uma abordagem que visa fornecer formas alternativas de comunicação para pessoas com autismo que têm dificuldades na fala verbal. Isso pode incluir o uso de sinais, símbolos, sistemas de comunicação por computador ou dispositivos eletrônicos. A CAA pode ser útil em todos os níveis de intervenção, adaptando-se às necessidades individuais de cada pessoa.

Terapia ocupacional

A terapia ocupacional é uma abordagem que visa ajudar as pessoas com autismo a desenvolver habilidades práticas para a vida diária, como habilidades motoras finas, coordenação motora, habilidades de autocuidado e habilidades de integração sensorial. Essa abordagem pode ser benéfica em todos os níveis de intervenção, ajudando as pessoas com autismo a se tornarem mais independentes e funcionais em suas atividades diárias.

Conclusão

Em resumo, os níveis de intervenção no autismo são estratégias adaptadas às necessidades individuais de cada pessoa com autismo. Essas estratégias visam melhorar as habilidades sociais, de comunicação e comportamentais, ajudando as pessoas com autismo a se tornarem mais independentes e funcionais em suas vidas diárias. As abordagens de intervenção podem variar, mas todas têm como objetivo principal proporcionar o suporte necessário para que as pessoas com autismo possam alcançar seu máximo potencial.